Hoje tive uma sensação estranha... Gostei. No preciso momento, gostei do que me estava a acontecer. Eu estava chocada, não esperava nada ouvir tais coisas e aperceber-me da situação tão delicada a que me estava(m) a sujeitar. Cai o queixo e rapidamente sinto uma amarga desilusão a azedar-me as entranhas, a irritação e, a raiva propriamente dita, que me bloqueia o bom senso.
Nisto, sou duplamente surepeendida, mas desta vez por mim: dou comigo a transformar tal agústia em "prazer", diga-se, num certo agrado pessoal... Como se fosse masoquista? Colhendo o que eu própria semiei... Nada disso. Muito mais que isso. Percebi que estava a experimentar a verdadeira
desilusão.
É estranho, sim, porque doi muito... E há quem diga que a ninguém "apetece" uma desilusão... Pois a mim apetece, apeteceu. Acho até, que por me doer tanto me
"apeteceu" ainda mais, experienciá-la à medida que me apercebia do fenómeno.
Estou carente de paz espiritual, de saúde mental ou psicológica... Tenho sede do Equilibrio. Para tal, é nessessário que esteja em constante 'adequação' à realidade.
Aquela que é minha, que é tua, que partilhamos. Aqui entra a desilusão. Aquele remédio que "quanto mais arde melhor cura" (o que não é rigoroso, mas aqui serve, vá...).
Entendo, assim, a
des-ilusão, como o melhor presente que posso receber, neste momento da minha vida. Se quero liberdade, das primeiras coisas mais precisas para alguém ainda "verde" é tratar de assentar os pés nesta Terra, que não tem outra hipótese. Sonhar, Aqui. Ter esperança, mas Aqui. Assim aceito as desilusões de cara lavada (sim, 'Senhor'...), mas para encarar a próxima fase, aquilo que literalmente significa: o libertar-se (da ilusão).
Por isso,
Obrigada por me teres magoado tanto.